Entre os dias 22 e 24 de janeiro, as comunidades quilombolas de Jaibara dos Nogueiras e Canta Galo, em Itapecuru-Mirim, receberam a oficina “Batuques e Saberes”, promovida pela Estação Conhecimento por meio do Projeto Conexão Família. A iniciativa, conduzida pelo grupo “Laboarte” de São Luís, teve como propósito fortalecer e preservar a tradição do tambor de crioula, um dos mais representativos símbolos da cultura afro-brasileira.

Cultura e saberes em movimento
Com foco na valorização das raízes culturais, a oficina reuniu participantes das comunidades de Canta Galo, Oiteiro dos Nogueiras, Pedrinhas Clube de Mães, Jaibara dos Nogueiras, Cajazeiras e São João dos Matos, proporcionando vivência sobre a história e os conhecimentos ancestrais do tambor de crioula. Durante a programação, os participantes conheceram o processo de confecção do instrumento, a influência das marés e da lua na escolha do tronco para sua fabricação e a relevância desse patrimônio cultural para as comunidades quilombolas.
Vivência, ritmo e identidade
A experiência prática foi um momento de intensa conexão com a tradição. Jovens e adultos tiveram a oportunidade de explorar os ritmos do tambor de crioula, aprender novas ladainhas e sentir na prática a força dessa manifestação cultural. O intercâmbio entre gerações fortaleceu laços comunitários e incentivou o protagonismo cultural dos participantes, reafirmando a importância da transmissão dos saberes tradicionais.

Celebração e pertencimento
O encerramento da oficina foi marcado por uma grande roda de tambor, momento de celebração e devoção a São Benedito, santo padroeiro do tambor de crioula. Mais do que apresentação musical, essa vivência da vida ao sentimento de pertencimento e resistência das comunidades, reforçando o papel da cultura na construção da identidade quilombola e na preservação da memória coletiva.







