Cultura do capacitismo foi tema de palestra na EC Arari

Nada sobre nós, sem nós – esse é o lema do palestrante Nando Marley, recebido na Estação Conhecimento de Arari na última sexta-feira (10) para falar sobre a cultura do Capacitismo. 

Nando Marley – educador físico, mestrando em Gestão de ensino da educação básica (UFMA) e professor de capoeira – adota esse lema por ser um jovem com deficiência, militante na pauta da acessibilidade, que atua por meio de palestras e formações, fazendo jus ao que propaga: pessoas com deficiência ocupando seu lugar de fala em todos os espaços.

 

O encontro aconteceu em área ampla e aberta, seguindo os protocolos adotados na pandemia, e reuniu colaboradores da EC Arari e convidados da Associação Arariense da Pessoa com Deficiência, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, CAPS e Secretaria Municipal de Educação, com o propósito de ganhar conhecimento e embasar ações que já vem sendo desenvolvidas pelos equipamentos citados.

Nando Marley trouxe para a roda, o debate a respeito das nomenclaturas adequadas quando se trata de pessoas com deficiência; diferença entre educação especial e educação inclusiva; importância das tecnologias assistivas para o desenvolvimento de crianças e adolescentes com deficiências e a pauta da acessibilidade atitudinal, que rendeu boas reflexões. O palestrante aplicou seu bom humor na abordagem de assuntos que comumente geram inquietações e até desconfortos, já que tratam da desconstrução de preconceitos criados ao longo de tanto tempo.

Acessibilidade atitudinal é mais uma dimensão da acessibilidade, no entanto, não ligada a estrutura física dos locais, mas sim às atitudes no convívio com as pessoas com deficiências. Diz respeito às condutas que buscam romper barreiras sociais e interpessoais. É uma dimensão essencial, pois trata da superação de elementos sociais como preconceitos, estigmas e estereótipos que afetam a vida das pessoas com deficiência tanto quanto as barreiras de infraestrutura.

Ao trazer a pauta para a luz do conhecimento, o palestrante evidenciou que qualquer movimento de inclusão deve começar pela atitude das pessoas envolvidas, para que não reproduzam posturas capacitistas, que foi o tema central da conversa. A cultura do Capacitismo leva a uma tendência de inferiorizar a pessoa com deficiência, subestimando suas capacidades e ditando suas necessidades. Ao promover a acessibilidade atitudinal, barreiras sociais como essa são superadas.

A EC Arari, ao sensibilizar-se para a urgência desse assunto, busca empoderar pessoas para cuidar de pessoas, preocupando-se em promover um local inclusivo, no qual se conviva com a diversidade e o desenvolvimento integral de cada atendido(a).

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