O tradicional período do carnaval está a todo vapor na EC Arari e diversas intervenções neste sentido estão sendo realizadas no mês de fevereiro com o objetivo de vivenciar a festa popular especialmente em seus aspectos social e cultural.
A ação educativa “Fevereiro multicolorido – pensando a sexualidade” foi conduzida pela equipe multiprofissional da EC para o público adolescente com o objetivo de fomentar o processo de construção de identidade, pensamento crítico, desenvolvimento corporal e autocuidado, bem como outras aprendizagens importantes para esse momento da vida.
Foram dois encontros, sendo um durante a manhã e o outro durante a tarde, reunindo cerca de 100 adolescentes para dialogar sobre: puberdade, métodos contraceptivos, IST’s (infecções sexualmente transmissíveis), o papel da rede pública de saúde e os mitos e verdades sobre a sexualidade humana. O momento foi oportuno ainda para compreender o quanto o carnaval está arraigado à cultura brasileira e por isso envolve as pessoas de modo que invistam muita energia na festividade. Pensando nisso, as educadoras Andreia Silva (Educadora física) e Kyannia Girard (Nutricionista) falaram também sobre alimentação e esforço físico no carnaval.
A ação foi considerada proveitosa pelos adolescentes, que relataram não ter vivenciado nada igual até então:
Foi a primeira vez que alguém falou sobre esse assunto comigo. O que eu mais gostei foi da maneira que o médico falou sobre isso com a gente e da brincadeira Mitos e verdades, deu para aprender muitas coisas se divertindo. (Luis Fernando dos Santos, 14 anos)
Acolhida em ritmo de carnaval
Assim como o carnaval para o Brasil, a acolhida é uma tradição para a EC Arari e já faz parte da identidade do projeto. Ambos têm muito em comum: momento de reunir todo mundo, espaço para festejar, brincar e se divertir.
A acolhida é um momento que acontece sempre no início do turno, onde reúne-se todos os atendidos e educadores com o propósito de confraternizar, seja através de dinâmicas de grupo, de uma dança, ou qualquer outra proposta mediada por um(a) educador(a). É também o momento para dar recados institucionais e resolver possíveis conflitos.
Acompanhando a temática do momento, as acolhidas deste mês receberam os tradicionais Bonecos de Bil, assim nomeados no território arariense. Essas criaturas são feitas basicamente de papelão, arame, madeira e têm a expressão facial minunciosamente desenhada com tinta.
Os bonecos recebem essa nomenclatura em homenagem ao seu criador Bil de Jesus (1958 – 2011) – ator, poeta, diretor teatral, produtor cultural, professor de História e Secretário Municipal de Cultura em Arari. Hoje em dia os bonecos são produzidos por adeptos ao fundador e participantes da cena cultural de Arari. Ao todo são 10 bonecos que marcam presença nos eventos do município e a Estação Conhecimento colaborou para manter viva a tradição.
Os atendidos da EC Danilo Sanches e Pedro Henrique entraram no personagem, literalmente.
Oficina de máscaras e adereços carnavalescos
Dentre as práticas desenvolvidas no mês, aconteceram as oficinas de máscaras e adereços para o baile de carnaval da EC Arari, que este ano acontecerá no dia 20 de fevereiro.
A oficina aconteceu durante toda a semana e recebeu público das mais diversas faixas-etárias. Crianças e adolescentes, acompanhadas pelos educadores do programa de cultura e um oficineiro convidado, mergulharam no mundo da produção artesanal, conhecendo não só a técnica, mas também o contexto histórico por trás das máscaras utilizadas no carnaval e os movimentos artísticos relacionados ao tema.
O grande diferencial foram as máscaras carnavalescas produzidas de gesso.